Mar
Juliana de Almeida
Bate forte no meu peito
Me chama... eu o quero...
Eu não sei do que tenho tanto medo
Então ele, indecente e instigado
canta melodia ébria no meu coração.
E eu só vou!
Juliana de Almeida
... e suspiro...
Juliana de Almeida
..., depois, o mundo real mistura tudo, bate e lhe diz (imperativo): BEBA!
Juliana de Almeida
Meu pé de jasmim,
habitante do meu poema,
ergues o meu dia,
a minha alma.
Justifica o fato de
querer-te à minha janela
a infância vivida
na casa de Tia Sunca.
Juliana de Almeida
Animais em alvo fácil
Telefonia mais barata
Estudantes e policiais,
Conquistas pessoais
Assim se vive as mais variadas (des)graças.
Juliana de Almeida
Mil perguntas
cheias de razão
Tantos por quês!...
Na fé,
a redenção é promessa,
lugar seguro
e de fino abalo.
Perguntar quem nasceu
primeiro,
se o ovo ou a galinha,
é melodia antiga.
Há de se viver!
Mas pra quê
o poeta quer saber?
Juliana de Almeida
Meu Bezi,
volta pra casa!
Se tu chegares ainda hoje,
a noite será longa e,
sem relógios,
a família estará em festa!